terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dia de B.P.

Hoje é dia de B.P. !
Apesar da ocupação que todos vivemos no dia-a-dia, hoje devemos reflectir o mínimo que seja. Afinal, falamos do fundador do Escutismo. Alguém que, aos oito anos de idade, escrevia assim no caderno da escola: "Quando for adulto, trabalharei para que os pobres sejam ricos como nós. Eles devem, como nós, ter direito à felicidade. Devemos rezar a Deus sempre que pudermos e, uma vez que não se pode ser bom apenas rezando, devemos esforçar-nos continuamente por sermos bons fazendo o bem".
Em adulto, B.P. começou por ser um filho da mentalidade do seu tempo: acreditava-se na superioridade da raça branca e considerava-se os ingleses a primeira raça do mundo. Contudo, à medida que foi combatendo e conhecendo novas culturas e povos, começou a compreender que estava errado. A sua mudança de mentalidade aconteceu quando reuniu com Cecil Rhodes e descobriu "a sede e a ambição do poder e o miserável desejo das riquezas que se escondiam atrás da missão inglesa e branca". (Onde é que eu já vi estes desejos de poder no moderno actual/moderno? Hum...)
Mudou. E em 1907 organizou o primeiro acampamento, na ilha Brownsea. Ao ver serem postas em prática muitas das suas teorias de observação e dedução, estava a nascer o movimento que mais tarde, ele mesmo viria a chamar de "uma escola de cidadania por meio da arte da vida nos bosques".
Baden Powell nunca deixou de acreditar. A sua ideologia que o futuro do mundo está nas novas gerações e, essencialmente, na educação dada a essas gerações, fez do Escutismo o movimento que é hoje.
É possível mudarmos sempre que acharmos correcto? B.P. ensinou-nos que sim! Nem que seja "Devagar, devagarinho, se apanha o macaquinho", tal como ele dizia.
Em vez de terminar este texto com a última mensagem de B.P., termino com outra citação sua, que em nada está ultrapassada:

"A Paz não pode ser garantida por acordos comerciais, por alianças militares, pelo desarmamento geral ou por tratados, se não existir uma mentalidade de paz no espírito e na vontade dos povos. E isto é uma questão de educação".
Ainda mais do que isso tenho a certeza que este Sr. mudou a minha vida em muitos aspectos, não ele directamente, mas a sua obra. Obrigado por isso.

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